segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sem Abrigo, na Chuva. E Agora??

Por: TATIANE SMOGINSKI


Pois é né, um dias desses estou eu dentro de um ônibus voltando pra casa depois de ter passado um 'perrengue' danado com meu primo que precisava chegar até o aeroporto na hora certa..Agora tente imaginar como é ter que chegar ao aeroporto com uma pilha de malas e ainda ter que pegar duas conduções..Uffa! Não quero nem pensar. Mas vou mudar de assunto porque o foco desse meu desabafo é outro.
Pois bem, continuando do ponto que comecei, estava eu voltando para casa, eis que uma chuuuva daquelas ameaça cair por terra...Bati a mão na bolsa e, cadê o guarda chuva?? Putss!

Na hora pensei: São Pedro dá pra quebrar um galho e segurar essa chuva só mais um poquinho?? É que ainda nem deu pra juntar aquela grana pra comprar a canoa que a gente tanto precisa pra entrar na rua de casa em dias de chuva, ou seja, quase todo dia, quem mora em Belém sabe bem do que tô falando! Aqui chove praticamente todos os dias e, no inverno então, nem se fala..

Lembrei que talvez não ía mais precisar do guarda chuva se caso o 'toró' caísse..Ahh, tem aquelas barracas dos camelôs! Selou então!.. O ônibus pára, eu dou uma corridinha e fico por lá até que a chuva passe..E o 'toró' caiu..E era muita chuva mesmo..Eu já estava tão acostumada com aquelas barracas alí que nem lembrei das manchetes de jornais dos dias anteriores que falavam exatamente da ação da Prefeitura de Ananindeua para retirar os ambulantes ao longo da BR... Putss 2!

Ah! Mas tem a passarela, acho que dá pra me abrigar lá por baixo..Então tá  né! O ônibus me deixou na parada e, eu corri já quase toda encharcada em direção a passarela..Putss 3!..Ihh que nada, o centímetro quadrado lá debaixo tá mais disputado do que 'terreninho no céu'. Lembra da novela que tinha uns 'picaretas' que vendiam terrenos no céu?? Não lembra?? Ah, então deixa pra lá, nem é sobre isso mesmo que quero falar, tem a ver com 'picaretas', mas o assunto é outro..

'Pêêê...' da vida, subi a passarela e fui pra casa na chuva mesmo..Eu só não xingava a mãe do prefeito de santa, mas o resto foi saindo um nome atrás do outro..E a pobre coitada nem tinha culpa, ou tinha?? Ah, sei lá, naquela hora eu nem queria  saber de nada, eu queria mesmo era apressar o passo senão mais uns 5 minutos de chuva e eu teria que entrar na rua de casa nadando..

Cheguei em casa um pouco mais calma, acho que a chuva esfriou as minhas idéias, afinal, não havia nada a se fazer mesmo.. O único perigo que eu corria depois de tudo era pegar um resfriado, mas isso era fichinha depois de ter corrido o risco de ser partida por um raio..Bem que o raio deveria partir era outra pessoa, ou pessoas, não sei muito bem, mas que sejam, ou não sejam..Todas essas pessoas que têm o poder nas mãos e não usam nem um 'tiquim' em favor da população..Que todos vão pro raio que os parta! 

MORAL DA HISTÓRIA: Se o tal Sr. prefeito de Ananindeua resolveu montar uma operação de guerra para tirar os ambulantes dos entornos da Br, fique sabendo que essas barracas eram os únicos abrigos que a população que depende de transporte público, tinha para se abrigar da chuva e do sol. E qualquer desculpa que seja dada, porque eles sempre arranjam uma mesmo, não será o bastante para explicar a demora na instalação desses abrigos nas paradas de ônibus da cidade.

Quando alguma providência for tomada, eu volto com uma nova postagem..E a parada a qual me refiro durante todo o texto fica na Br 316, km 03, em frente à Universidade da Amazônia.

3 comentários:

  1. é...mas eu sou muito mais o Sr. prefeito de Ananindeua do q o Sr. prefeito de Belém xD

    Pensa bem... ainda bem q tu estavas VOLTANDO PRA CASA!
    Poderia ser pior ;)
    E...
    "Quem tá na chuva é pra se molhar"

    =*

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  2. Tá é mais que certa Tatiii
    Eu não sou mais é nenhum desses Prefeitos Bostas daqui... nenhum nem o outro valem nada!!!
    E ainda há quem defenda?
    Óh! o Mundo está perdido... aff

    Parabéns.. ótimo texto!

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  3. Sem contar que as tais barraquinhas eram as unicas rendas de dezenas de familias que agora sabe- se deus como estão sobrevivendo!
    A desculpa de limpar o patrimônio público é aceitável apenas na idéia, mas tem questões práticas dessas decisões que o sr. prefeito ñ pode esquecer como:
    *O q fazer com esses trabalhadores?
    *De onde eles vão tirar suas rendas?
    *quando vão colocar abrigos de verdade nas paradas de ônibos?
    * o q suas familias vão comer até o pai de família descobrir o q fazer?
    são questões q creio eu ñ passe pela cabeça dos nossos gestores... infeilismente eles não andam de ônibos nem numca precisaram trabalhar de camelô para sobreviver...

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